31 de mar. de 2010
30 de mar. de 2010
29 de mar. de 2010
27 de mar. de 2010
26 de mar. de 2010
25 de mar. de 2010
De Blog em Blog - Contos Infantis
Lembranças
Perto de mim,
Sempre à meia distância,
No meu quintal da lembrança,
Escondo um rei, um herói
E também a criança
Que eu roubei
Do jardim de
Infância.
*Leia o De Blog em Blog - Contos Infantis nos blogs do grande amigo Emerson (aqui) e da querida Raquel (aqui). Todas as quintas, o mesmo tema e várias histórias diferentes por aí.
Perto de mim,
Sempre à meia distância,
No meu quintal da lembrança,
Escondo um rei, um herói
E também a criança
Que eu roubei
Do jardim de
Infância.
*Leia o De Blog em Blog - Contos Infantis nos blogs do grande amigo Emerson (aqui) e da querida Raquel (aqui). Todas as quintas, o mesmo tema e várias histórias diferentes por aí.
24 de mar. de 2010
23 de mar. de 2010
22 de mar. de 2010
Marta Maria Cheia de Graça
Ei, mãezinha!
Ouvi dizer que voltou
Pro teatro.
É verdade?
Quando mocinha,
Espetáculo.
Depois,
Mãe de quatro,
Beldade.
O tempo parou?
Vendeu a idade?
Criatividade
Pra tanto papel.
No de mãe,
Foi atriz principal.
No profissional,
Fez bedel
E também coronel.
Agora,
De volta ao tablado,
Fico entusiasmado.
Por tudo que foi
E que é,
Se prepare, mulher,
E não se assuste
Se, antes do ato,
Todos se levantarem
E já lhe aplaudirem
De pé.
*Pra você, minha mãe.
19 de mar. de 2010
18 de mar. de 2010
De Blog em Blog - Teatro
Um grande amigo, há poucos dias, me convidou a participar de um combinado muito legal. Toda quinta, eu e ele postaremos em nossos blogs o "De Blog em Blog". É o seguinte: inicialmente, um de nós dois escolheremos um tema para escrevermos. A ideia é que o grupo aumente e que vários blogs participem do "De Blog em Blog". Pra participar é só postar às quintas-feiras sobre o tema da semana com o título "De Blog em Blog - Tema".
Um abraço pro Emerson Reinert do http://www.pensamentosdiretos.blogspot.com, o amigo que me fez o convite e que dividirá comigo essa ideia superbacana. Está improvisando e mandando muito bem nas letras. Acessem e leiam o que ele escreveu hoje sobre Teatro, o primeiro tema. E o meu é este:
Monólogo
No palco,
A peça sobre
O nosso amor.
Na peça,
Atos com
Um só ator.
Um abraço pro Emerson Reinert do http://www.pensamentosdiretos.blogspot.com, o amigo que me fez o convite e que dividirá comigo essa ideia superbacana. Está improvisando e mandando muito bem nas letras. Acessem e leiam o que ele escreveu hoje sobre Teatro, o primeiro tema. E o meu é este:
Monólogo
No palco,
A peça sobre
O nosso amor.
Na peça,
Atos com
Um só ator.
17 de mar. de 2010
Vazio
Aproveitou-se
Do vazio
Em mim
Que habitava
E me corroía
O âmago
Me dominou
De um jeito
Facim
Me conquistou
Pela boca
Do estômago.
16 de mar. de 2010
Fora de Forma
Venha, baleia!
Cante e encante.
Mesmo distante,
Te vejo brilhante
Aqui da areia.
De longe, tão grande,
Enorme, gigante,
És sempre bela, balei...
Espere um instante!
Engano.
Não é baleia,
É sereia.
*Inspirado em "Engano Poético".
Engano Poético
Venha, sereia!
Cante e me encante.
Mesmo distante,
Te vejo brilhante
Aqui da areia.
Pra mim, não importa,
Bonita ou feia.
És sempre bela, serei...
Espere um instante!
Engano.
Não é sereia,
É baleia.
15 de mar. de 2010
Tampa da Panela
A cena, uma boate. Na pista, dezenas de pessoas se esbarram, dançam e não se veem. Em uma ponta, uma menina linda se diverte enquanto se pergunta “até que horas eu preciso ficar?”. Em outra, um rapaz também bonito está à procura de alguém. De longe, ele a vê. Distante, ela também o encontra. Os dois se olham sem pressa. Aproximam-se. Ele, sem jeito. Ela o espera. Sem dúvida, era ela a sua condessa. Um segundo e um deslize para atrapalhar todo o resto da história. Na hora agá, ele se embananou com os títulos. No passado, teria se dado bem. Em tempos de pouca realeza, só conseguiu se expressar com um pobre e ultrapassado “Oi, princesa!”.
12 de mar. de 2010
Estação Passageira
Chegou atrasado
À velha estação,
Não pôde comprar
A passagem de volta
Pra sua paixão.
Não foi só descuido,
É acaso da vida.
Paixão passageira
Só compra passagem
De ida.
11 de mar. de 2010
No Calor do Frio
É do frio
Que eu, tímido,
Acho bom.
Tomo um banho quente,
Visto o moletom
E, reservadamente,
Me deito com amores
Escondidos no edredom.
10 de mar. de 2010
9 de mar. de 2010
Excesso de Bagagem
Esqueça
Perfumes e blushes,
Rimel e batom.
É bobagem.
Pra ficar bom,
Eu só quero o que está
Por trás da maquiagem.
8 de mar. de 2010
Senhor Cortês
Com licença,
Senhora, senhor,
Donzela e doutor.
Ao Zé Ruela,
A vossa licença,
Peço, por favor.
Do Oiapoque ao Chuí,
Todos, sem ofensa,
Por favor, com licença,
Eu volto a pedir,
Pois o meu grande amor
Vai passar por aqui.
7 de mar. de 2010
5 de mar. de 2010
Amor Conjugado
Quisera eu saber conjugar, sem defeito, o verbo amar no tempo presente, pra, com você, eu poder conjugar o mais que perfeito amor, eternamente.
À Sombra da Saudade
Há tanto tempo não passava por aquela rua, a mesma e antiga rua que a levava e a trazia, todos os dias, da escola. A mesma árvore com raízes fortes que pulavam da calçada. As mesmas casas, agora mais antigas e cada vez mais cheias de histórias. Tantas lembranças bem guardadas, esperando o dia certo para voltar.
Agora estava ali, de frente ao seu passado, de frente à sua mais bonita recordação. Naquela rua, deu o seu primeiro beijo. Foi debaixo da sombra daquela mesma árvore forte, tão forte quanto o que sentira naquele eterno instante, que viveu o amor pela primeira vez. Não amor de gente grande. Amor de ter amado, mais do que qualquer coisa naqueles tempos, aquele momento. Beijo ingênuo, beijo simples e meigo, cheio da mais certa verdade. Beijo honesto, beijo de criança, de amor puro, sem compromisso com mais nada.
Beijo escondido. Ninguém mais sabia do gosto que tinha um pelo outro. Naquela rua, guardaram juntos essa história. Ambos eram muito tímidos. Ele, mais. Foi com um bilhete que ela mandou que combinaram o lugar. Todo sem jeito, ele chegou sem dizer nada, sem saber direito o que fazer. Ela, mais baixa, já estava sobre a calçada. Colocou os braços sobre seus ombros e o beijou, exatamente como havia aprendido nos filmes. Viveram um amor bem protegido das brincadeiras e chacotas dos outros. Até o dia em que ele se foi. Não por vontade ou maldade. Apenas se foi, junto com toda a sua família, pra outro lugar.
Agora, mais velha, estava de frente ao passado e ao lado do seu mais próximo futuro. Seu noivo. Por um segundo, parou. O velho sorriso, esquecido há tantos anos, voltara. No amor, entre altos a baixo, vivia uma história sem cor. Estava cansada de amar e não ser tão amada como queria e merecia.
Devagar, subiu na calçada, debaixo daquela mesma árvore, e chamou o seu noivo, que estava disperso entre pensamentos, para mais próximo. Sobre os ombros, novamente, colocou os seus braços. Devagar, o beijou. Pra ele, um beijo qualquer. Pra ela, saudade, lembranças, amor como nunca sentiu.
Quando ele se afastou, ela estava chorando. Ele nem percebeu. Apenas pegou em sua mão e, do jeito que sempre fazia, sem vontade alguma de sentí-la, seguiu ausente ao seu lado, pela última vez.
Paixão Zepelim
4 de mar. de 2010
Errante
Eu pensei
Que fosse herói.
Eu tentei,
Mas vi que dói.
Eu pensei
Que fosse santo.
Eu rezei,
Mas nem foi tanto.
Eu pensei
Que fosse forte.
Me esforcei,
Mas faltou porte.
Eu pensei
Que fosse amante.
Mal tentei,
Virei errante.
2 de mar. de 2010
1 de mar. de 2010
Manjar dos Deuses
Vou pedir
Pra Iemanjá,
Um amor,
Pr'ela me arranjar.
Se amor,
Iemanjá não puder,
Vou pedir manjar
Pr'eu comer de colher.
Democracia do Tombo
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