- Pablo!
- Ernandes! Que surpresa!
- Eu que o diga, há quanto tempo! desde...
- O fiasco do nosso primeiro show, lembra?
- Claro que lembro. Fracasso total (risos)
- Quando o Sol Ficou Com o Dó!
- Nossa única música... (risos)
- Coisa do pirado do Franci... que música, ahm?
- Coisa minha!
- Sua o quê?
- A música é minha.
- Conversa...
- Sério!
- A gente também era moleque, não sabia de nada...
- É, é passado! e você, largou a música?
- Nada, pelo contrário. Eu pensei em largar mesmo mas meu destino estava traçado e quem sou eu para querer mudá-lo, nao é? (risos)
- Claro, você tocava muito bem.
- Gentileza sua! Mas hoje tenho minha banda, se chama Sound System Off. Já estamos no segundo álbum, fazendo alguns shows... indo bem! e você, o que está fazendo?
- Você não vai acreditar a coincidência. Larguei a engenharia semestre passado e estou estudando para entrar na Faculdade de Música.
- Ah... então você vai insistir...
- A gente nasceu pra isso, Pablo! é o destino. Lembra como a gente se divertia?
- E aquela brincadeira que a gente fazia? eu tocava uma nota e você tentava adivinhar... Você nunca acertava (risos).
- A gente se divertia, né? Hoje são outros tempos, eu melhorei, a coisa ficou mais séria.
- Sei...
- A gente amadurece, aprende com os erros...
- Aham...
- Eu também formei uma banda!
- Que maneiro, Ernandes! qual é o nome? Inimigos...?
- Nós ainda não conseguimos chegar a um acordo, mas está saindo, está saindo...
- Ah tá... e os shows?
- Logo logo, Pablo, logo logo... a gente ainda não tem baterista e meu violão está sem cordas, mas em breve vamos fazer barulho, oh yee!
- Ô! se vão...
- A gente podia se encontrar depois pra fazer um som e pá...
- É, vamos sim, um dia desse...
- Você não está botando muita fé que eu melhorei, né Pablo?
- Não, não é isso, é que estou atrasado... tenho um ensaio agora, nós vamos abrir o show do Rappa lá em Sampa mês que vem, pira! e a galera já deve estar lá no estúdio me esperando.
- Pô, que maneiro! eu vou lá com você, estou à toa mesmo...
- Não sei... o estúdio é pequeno...
- Eu não me importo, Pablo, vamos!
...
- Pablo! toca uma nota aí pra eu adivinhar... deixa eu te mostrar que melhorei.
- Pô, Ernandes! espera a música acabar...
- Quem trouxe esse pentelho? (alguém gritou do fundo)
- Foi mal moçada, foi mal... continua que está massa, vai!
...
- Agora, Pablo! pode mandar qualquer uma.
- Tá bem, Ernandes, aí você deixa a gente ensaiar. Lá vai... (TOM TOM TOM) Qual é?
- Fá!
- De novo, Ernandes, presta atenção! (TOM TOM TOM)
- Sol!
- É Lá, Ernandes, Lá!
- Pô Pablo, é essa sua guitarra desafinada...
- Lá fora, Ernandes! Lá fora!
18 de dez. de 2007
8 de dez. de 2007
A Culpa é da Antítese ou O Fim da Democracia
- e deus, eim?
- o que tem deus a ver com o corinthians?
- aquele tanto de gente rezando... é rezando ou orando?
- no caso, os dois.
- então...
- ele é onipresente.
- quem?
- deus, pô! é onipresente, estava em todo lugar.
- mas então... deus é onipresente e perfeito. Ele deveria ter sido mais democrático. Era a maior torcida do Brasil.
- é!
- viu, até você concorda.
- não, não era! É a maior torcida do Brasil.
- sério, onde estava deus naquela hora?
- deus é onipresente. Estava em todo lugar.
- então foi o diabo, só pode! O diabo é onipresente?
- pô, sei lá! mas o Goiás ficou.
- Foi o diabo!
- o que tem deus a ver com o corinthians?
- aquele tanto de gente rezando... é rezando ou orando?
- no caso, os dois.
- então...
- ele é onipresente.
- quem?
- deus, pô! é onipresente, estava em todo lugar.
- mas então... deus é onipresente e perfeito. Ele deveria ter sido mais democrático. Era a maior torcida do Brasil.
- é!
- viu, até você concorda.
- não, não era! É a maior torcida do Brasil.
- sério, onde estava deus naquela hora?
- deus é onipresente. Estava em todo lugar.
- então foi o diabo, só pode! O diabo é onipresente?
- pô, sei lá! mas o Goiás ficou.
- Foi o diabo!
7 de dez. de 2007
A prova
- Professora, eu preciso que a senhora me libere mais cedo hoje.
- Porque?
- Não estou passando bem.
- E o quê você tem?
- Pirirí!
- Alô?
- Não professora, eu disse que estou com pirirí. Diarréia.
- Vai cagar!
- Poxa professora, o que eu disse?
- Está liberado, foi o que eu quis dizer.
- Ah!
- Me traga um atestado na próxima aula.
- Mas é que eu não vou ao médico, eu só preciso ir pra casa... e rápido.
- Mas eu preciso de um comprovante, um atestato...
- Está bem, professora. Na próxima aula lhe trago minha cueca!
- Porque?
- Não estou passando bem.
- E o quê você tem?
- Pirirí!
- Alô?
- Não professora, eu disse que estou com pirirí. Diarréia.
- Vai cagar!
- Poxa professora, o que eu disse?
- Está liberado, foi o que eu quis dizer.
- Ah!
- Me traga um atestado na próxima aula.
- Mas é que eu não vou ao médico, eu só preciso ir pra casa... e rápido.
- Mas eu preciso de um comprovante, um atestato...
- Está bem, professora. Na próxima aula lhe trago minha cueca!
7 de nov. de 2007
De duas, uma
O melhor de ficar só
é o sentimento de iminência da paixão
em cada nova ilusão.
...
Não vou dizer só o que você quer escutar.
Nem é que eu seja assim tão pouco romantico,
É que bom é dizer que te amo
Quando você ainda acha que te adoro.
é o sentimento de iminência da paixão
em cada nova ilusão.
...
Não vou dizer só o que você quer escutar.
Nem é que eu seja assim tão pouco romantico,
É que bom é dizer que te amo
Quando você ainda acha que te adoro.
24 de out. de 2007
Nós dois, ou um
Pezinhos juntos.
Um bem frio, o outro quente.
No frio é bom ficar assim,
Bem pertinho, dente com dente.
Nesse clima qualquer filme fica bom,
E debaixo do édredon a gente inventa.
Faz careta e me faz rir, tu tens o dom.
E é brincando que a temperatura aumenta.
A noite é longa e passa tão depressa.
Fizemos tudo, tudo muito bom à beça.
Comeu, bebeu e se cansou, depois dormiu.
Fiquei te olhando a noite inteira, você nem viu.
Ruim é me acostumar
A só viver assim, colado.
E quando nao estiver aqui, eu vou sonhar,
E vou lembrar como é ficar bem ao seu lado.
16 de out. de 2007
Banalizaram o Patê
Os mistérios, antes de serem revelados, são compartilhados por grupos seletos que não 'degustam' a qualidade do mistério, mas sim a sua capacidade de ser seletivo. Quanto menos pessoas sabem, mais misterioso é e, consequentemente, mais valoroso fica.
Porém, o que eu quero aqui não é desvalorizar esse mistério, pelo contrário, é devolver o valor misterioso que a gastronomia lhe retirou depois de tanta contribuição, principalmente a nós, homens solteiros e desajeitados.
Há um mês atrás aprendi a fazer patê. Pra mim, o maior mistério da arte culinária. Patê. "Mas porque o patê e não a cuisine bourgeoise da França?" porque eu nunca ouvi falar e não tenho a menor idéia do que isso seja, além do que, patê é barato e incrivelmente fácil de preparar (e misterioso).
Venha comigo nessa literal 'viagem' e logo você será o maior Patezeiro do mundo. Comece indo ao supermercado mais próximo, ou o de sua preferência, de preferência o mais próximo, e compre um frasco de maionese. Depois de pagá-lo, volte ao mesmo supermercado para comprar o que você se esqueceu... (foi assim que eu fiz, deu certo, é um mistério). Compre outro frasco de qualquer outra coisa que você gostaria de ter no seu patê, pois o que você quer ter é Patê e não Pavê (belíssimo trocadilho!).
Volte e coloque os frascos sobre a mesa. Arrume-os preferencialmente de modo que a ordem seja irrelevante. Desorganize a mesa. Faça parecer que aquela 'zona' é tua ordem, e que essa ordem é crucial para a obtenção do ponto certo do patê. Será um mistério.
Por fim, misture a maionese com o que você comprou.
Porém, o que eu quero aqui não é desvalorizar esse mistério, pelo contrário, é devolver o valor misterioso que a gastronomia lhe retirou depois de tanta contribuição, principalmente a nós, homens solteiros e desajeitados.
Pois sim, estou pronto para revelar os segredos da minha cozinha. Não sei se a crítica está pronta pra se decepcionar... fazer patê é uma arte!
Há um mês atrás aprendi a fazer patê. Pra mim, o maior mistério da arte culinária. Patê. "Mas porque o patê e não a cuisine bourgeoise da França?" porque eu nunca ouvi falar e não tenho a menor idéia do que isso seja, além do que, patê é barato e incrivelmente fácil de preparar (e misterioso).
Venha comigo nessa literal 'viagem' e logo você será o maior Patezeiro do mundo. Comece indo ao supermercado mais próximo, ou o de sua preferência, de preferência o mais próximo, e compre um frasco de maionese. Depois de pagá-lo, volte ao mesmo supermercado para comprar o que você se esqueceu... (foi assim que eu fiz, deu certo, é um mistério). Compre outro frasco de qualquer outra coisa que você gostaria de ter no seu patê, pois o que você quer ter é Patê e não Pavê (belíssimo trocadilho!).
Porém, você deve entender: quer patê de atum, compre um frasco de atum. Quer patê de frango, compre um frasco de frango(?!?!), e assim respectivamente.
Devo observar que depois de comprados os frascos, voltar pra casa é fundamental.
Volte e coloque os frascos sobre a mesa. Arrume-os preferencialmente de modo que a ordem seja irrelevante. Desorganize a mesa. Faça parecer que aquela 'zona' é tua ordem, e que essa ordem é crucial para a obtenção do ponto certo do patê. Será um mistério.
Por fim, misture a maionese com o que você comprou.
Está pronto o patê.
E bon appetit!!!
2 de jun. de 2007
Todos os sentidos
Fico cego de amor se não vejo,
E escuto tudo que não devia.
O coração sente tanto
Com as coisas bobas que eu não sabia.
Daí, quando vejo me finjo de surdo.
Porém eu já sei que no mundo não há
Som mais profundo que o grito mudo
Daquele silêncio antes de me deitar.
Minhas mãos ficam quentes
Quando sinto chegando aquele cheirinho.
Velho conhecido, que renova a vontade,
Transborda o sorriso carente daquele beijinho.
É que paixão não tem muito sentido.
Às vezes é bom, noutras fico perdido.
Melhor é estar envolvido,
Da ponta do dedo do pé ao canto do pé-do-ouvido.
2 de abr. de 2007
Coitada Marcinha.
O que faz Belinha
Essa hora na praça,
Sentada, sozinha
E cheia de graça?
Vou fazer picuinha.
Vou contar pra vizinha
Que aquela galinha
Gostou do seu par.
Também vou contar
Que de noite, quietinha,
Aquela neguinha
Vem ver Omar.
E que Omar
De mancinho, levanta.
Deixando Marcinha com cara de anta,
Começa a andar.
Chega à praça, no sapatinho.
Encosta em neguinha, devagarinho,
E começa a amar.
E amando se juntam em um só.
De Marcinha, tenho tanta dó.
E por isso vou picuinhar.
Vou contar pra Marcinha do par.
E Marcinha, tadinha,
Antes que eu me queixe,
Não viu que Omar
Não estava pra peixe.
30 de mar. de 2007
Dedim de mentira
Pra que a verdade
Se eu posso complicar?
Vou dizer só a metade
Pro resto ela completar.
Digo que fui,
Mas não digo pra onde.
Pra onde eu fui?
Pra cama com um monte.
Digo que comi,
Mas não digo o que.
O que foi que eu comi?
A broa da Tetê.
Digo que fiquei,
Mas não digo que dia.
Que dia eu fiquei?
No que não devia.
Então eu parei
E pra ti eu contei
O que acontecia
Nesse dia eu fui
O que eu sempre tentei
Mas você não queria.
Se eu posso complicar?
Vou dizer só a metade
Pro resto ela completar.
Digo que fui,
Mas não digo pra onde.
Pra onde eu fui?
Pra cama com um monte.
Digo que comi,
Mas não digo o que.
O que foi que eu comi?
A broa da Tetê.
Digo que fiquei,
Mas não digo que dia.
Que dia eu fiquei?
No que não devia.
Então eu parei
E pra ti eu contei
O que acontecia
Nesse dia eu fui
O que eu sempre tentei
Mas você não queria.
18 de fev. de 2007
Lets Rock, Balboa!
Sabe aqueles filmes que marcam momentos? daí lembrar deles é lembrar de tantas outras histórias que aconteceram na época em que você o assistiu e que você, sozinho, nao conseguiria recordar, jamais! o filme não precisa ser tão bom, mas pode ser um filme tão ruim que não te deixa esquecer tantas outras coisas ruins, ou vice-versa. Ou mesmo uma mistureba, como um filme muito ruim que te lembra coisas muito boas, ou o contrário.
Rocky Balboa, para a minha infância e para a de muitos outros, creio, foi um destes filmes. Quem não se lembra do Rocky subindo as escadas do Palácio da Justiça da Filadélfia e de lá de cima erguer a mão, como quando vencia uma luta? e a música? eternizada para momentos de glória como o do boxeador.
Na época o filme ganhou três Oscars: melhor filme, diretor e edição. Não foi atoa. O filme era inovador e muito bem arranjado, com um enredo fascinante e uma boa atuaçao do Sylvester Stallone como o Balboa. O sucesso foi tamanho que não demorou a sair a sequência, e depois outra e mais outra, até a quinta série de Rocky sucumbir ao fracasso. A história não tinha mais graça. A sequência já não tinha nada de inovador, era o exagero do exagero do exagero daquela mesma conversa. Seria o fim de Balboa?
Hunf! Como se a gente não o conhecesse tão bem!
Pronto para reeguer aquele velho cansado, Stallone resolveu fazer direito e escreveu, roteirizou e dirigiu a chave de ouro do Rocky, que acaba de estrear no Brasil.
O filme, que se chama Rocky Balboa, conta a história de Rocky já aposentado como lutador, hoje dono de um restaurante onde passa a maior parte do tempo entretendo a freguesia relembrando os saudosos momentos no ringue. Depois de uma simulação de luta feita por um computador entre o antigo campeão mundial, Rocky, e o atual, Manson "The Line" Nixon (Antonio Tarver), com Balboa levando a melhor, o aposentado resolve voltar à ativa. A intenção era participar somente de lutas locais, mas de cara aceita o combate contra o atual campeão mundial.
A história parece besta, e até é um pouco, mas não deixa de ser também comovente e vibrante. Fora do ringue Balboa é ainda aquela mesma mistura de pateta com palerma. Dentro do ringue ele mostra que está longe de só ser aquele velho aposentado gerente de restaurante.
Não tenho dúvida que este é o filme da reconciliação com os fãs. De fazer o cinema todo erguer os braços quando ele subir as escadas do Palácio. E de vibrar com a sua última luta, definitivamente. Aliás, devo dizer que a luta é incrível, não só pelo combate em sí, mas, principalmente, pela montagem. Muito além daquela boa montagem do primogénito. As cenas em PB fazem alusão à carreira do boxeador e as câmeras em detalhe, subjetivas e médio plano se intercalam dando um charme especial para a peleja. Pra mim, esta é a melhor cena de toda a carreira de Rocky.
Rocky Balboa, para a minha infância e para a de muitos outros, creio, foi um destes filmes. Quem não se lembra do Rocky subindo as escadas do Palácio da Justiça da Filadélfia e de lá de cima erguer a mão, como quando vencia uma luta? e a música? eternizada para momentos de glória como o do boxeador.
Na época o filme ganhou três Oscars: melhor filme, diretor e edição. Não foi atoa. O filme era inovador e muito bem arranjado, com um enredo fascinante e uma boa atuaçao do Sylvester Stallone como o Balboa. O sucesso foi tamanho que não demorou a sair a sequência, e depois outra e mais outra, até a quinta série de Rocky sucumbir ao fracasso. A história não tinha mais graça. A sequência já não tinha nada de inovador, era o exagero do exagero do exagero daquela mesma conversa. Seria o fim de Balboa?
Hunf! Como se a gente não o conhecesse tão bem!
Pronto para reeguer aquele velho cansado, Stallone resolveu fazer direito e escreveu, roteirizou e dirigiu a chave de ouro do Rocky, que acaba de estrear no Brasil.
O filme, que se chama Rocky Balboa, conta a história de Rocky já aposentado como lutador, hoje dono de um restaurante onde passa a maior parte do tempo entretendo a freguesia relembrando os saudosos momentos no ringue. Depois de uma simulação de luta feita por um computador entre o antigo campeão mundial, Rocky, e o atual, Manson "The Line" Nixon (Antonio Tarver), com Balboa levando a melhor, o aposentado resolve voltar à ativa. A intenção era participar somente de lutas locais, mas de cara aceita o combate contra o atual campeão mundial.
A história parece besta, e até é um pouco, mas não deixa de ser também comovente e vibrante. Fora do ringue Balboa é ainda aquela mesma mistura de pateta com palerma. Dentro do ringue ele mostra que está longe de só ser aquele velho aposentado gerente de restaurante.
Não tenho dúvida que este é o filme da reconciliação com os fãs. De fazer o cinema todo erguer os braços quando ele subir as escadas do Palácio. E de vibrar com a sua última luta, definitivamente. Aliás, devo dizer que a luta é incrível, não só pelo combate em sí, mas, principalmente, pela montagem. Muito além daquela boa montagem do primogénito. As cenas em PB fazem alusão à carreira do boxeador e as câmeras em detalhe, subjetivas e médio plano se intercalam dando um charme especial para a peleja. Pra mim, esta é a melhor cena de toda a carreira de Rocky.
5 de fev. de 2007
O Filho da Preguiça
Hoje está fazendo, exatamente, muito tempo que não escrevo aqui, então vou aproveitar para variar um pouco e sugerir mais alguns filmes.
Em algumas postagens atrás, escrevi sobre dois filmes, Clube da Lua e Paradise Now. O primeiro foi dirigido pelo mesmo diretor de O Filho da Noiva, conforme escrevi no mesmo texto. Mas não sabia, você, que eu não o havia assistido, ainda. Não se zangue comigo! saiba que mal dormi naquela noite. E no dia seguinte aluguei pra confirmar a suspeita: o cara é mesmo bom.
O filme antecede o mesmo modelo do Clube da Lua, um filme simples mas com muito esmero. Os atores são praticamente os mesmos, sorte a nossa. Cenas bem trabalhadas, com diálogos e cenários bem interessantes. Confirmo também a preocupação do diretor com a composição fotográfica. Quase sempre as cenas são recheadas de cores fortes, nos conduzindo à uma sensação agradável, de mais vida, mais alegria. Apesar da histórias serem diferentes, os dois filmes se parecem bastante esteticamente.
Agora uma dica fresquinha, mas de macho! Estreou nos cinemas, na última sexta-feira, o filme À Procura da Felicidade. Dirigido por Gabriele Muccino, o filme já tem indicação ao Oscar de Melhor Ator para Will Smith, que interpreta Chris Gardner, pai de família que enfrenta sérios problemas financeiros. O filme gira em torno do drama de Gardner tentando usar de sua habilidade como vendedor para conseguir um emprego melhor para sua vida e a do seu filho Christopher (interpretado pelo filho verdadeiro de Will Smith, Jaden Smith). Uma história emocionante que faz muito bem pra pele. Recomendo!
É isso! Espero que vejam. Agora deixa eu voltar para a minha preguiça...
Em algumas postagens atrás, escrevi sobre dois filmes, Clube da Lua e Paradise Now. O primeiro foi dirigido pelo mesmo diretor de O Filho da Noiva, conforme escrevi no mesmo texto. Mas não sabia, você, que eu não o havia assistido, ainda. Não se zangue comigo! saiba que mal dormi naquela noite. E no dia seguinte aluguei pra confirmar a suspeita: o cara é mesmo bom.
O filme antecede o mesmo modelo do Clube da Lua, um filme simples mas com muito esmero. Os atores são praticamente os mesmos, sorte a nossa. Cenas bem trabalhadas, com diálogos e cenários bem interessantes. Confirmo também a preocupação do diretor com a composição fotográfica. Quase sempre as cenas são recheadas de cores fortes, nos conduzindo à uma sensação agradável, de mais vida, mais alegria. Apesar da histórias serem diferentes, os dois filmes se parecem bastante esteticamente.
Agora uma dica fresquinha, mas de macho! Estreou nos cinemas, na última sexta-feira, o filme À Procura da Felicidade. Dirigido por Gabriele Muccino, o filme já tem indicação ao Oscar de Melhor Ator para Will Smith, que interpreta Chris Gardner, pai de família que enfrenta sérios problemas financeiros. O filme gira em torno do drama de Gardner tentando usar de sua habilidade como vendedor para conseguir um emprego melhor para sua vida e a do seu filho Christopher (interpretado pelo filho verdadeiro de Will Smith, Jaden Smith). Uma história emocionante que faz muito bem pra pele. Recomendo!
É isso! Espero que vejam. Agora deixa eu voltar para a minha preguiça...
23 de jan. de 2007
Êta anãzinha grande!
É surpreendente a preocupaçao da TV Cultura com a melhoria das programaçoes dos canais de televisão e, principalmente, da própria emissora.
De alguma forma, a Cultura está sempre discutindo, com o seu público, o rumo que ela deve tomar para continuar progredindo. Se preocupa sempre em melhorar e proporcionar, diariamente, crescimento e aprendizado a quem assiste o canal.
Discutir o progresso dela mesma não quer dizer discutir como ganhar mais e atrair mais telespectadores. É avaliar e reavaliar, insesantemente, a qualidade da sua programaçao para contribuir, de alguma forma, na construçao intelectual dos telespectadores.
A programaçao do canal é bastante diversificada (preocupaçao unânime dos intelectuais que defendem a qualidade nos meios de comunicação), com programas que mesclam educaçao e entretenimento. Quem nunca assistiu o Castelo Rá-tim-bum?
Dentre os diversos programas que a Cultura exibe, está o Roda Viva, um programa semanal de entrevistas e debates de temas diversos. Ao longo de mais de 20 anos de Roda Viva, vários nomes importantes passaram pelo programa. O Lula mesmo é figura cativa por lá. Entre outros ainda estão artístas como Tom Zé, lideres como o Bernardinho (tecnico da seleçao brasileira de Voley), entre outros, sempre trazendo o diferencial de discutir assuntos normalmente nao levantados em qualquer outra emissora.
Hoje tive a oportunidade de presenciar (pela tv) uma discussao bastante interessante e que só confirma o que eu disse sobre a metalinguagem que o canal faz todos os dias. A discussão era sobre as produçoes audiovisuais e os meios de comunicaçao em geral. Entre os debatedores, vários produtores de renome nacional e internacional. Representantes de grupos de produtores do Canadá, EUA e até Portugal participaram do debate, elevando o nível da discussão para além dos interesses das grandes emissoras.
Não é normal discutir televisão e tecnologias, concessoes e politicas sobre produçoes audiovisuais, na própria tv. E nao é normal porque existem, por trás destas discussoes, diversos e poderosos interesses que verticalizam a relaçao de produçao e veiculaçao do produto nas emissoras e que nao se interessam pela democratizaçao da utilização dos meios de comunicação.
A TV cultura faz porque se preocupa com a formaçao de um telespectador que transforme a realidade, que entenda e critique a liberdade e a capacidade de todos de produzir algo mais, de diversificar esse meio que é hoje tao monopolizado e alienante. A pena é de que, por mais intensa que seja esta briga da Cultura com a democratizaçao do meio de comunicaçao, está longe de ser uma discussão abrangente, pois vem de uma minoria, que é o que o canal representa hoje, sabendo que a grandes emissoras, que nao discutem o assunto, sao maioria tanto em concentraçao de capital como de participaçao de público.
O melhor é que o próprio canal que é minoria reconhece esta disparidade e sabe que é por isso que nao pode parar de promover estes debates.
Êta anãzinha grande!
18 de jan. de 2007
Meu poema erótico, se não fosse trágico
14 de jan. de 2007
Cinema pra se ver em casa.
Hoje vou de cinema pra se ver em casa. Consegui ver dois filmes muito bons e que valem a recomendaçao. É uma pena eu (e quem não viu) não ter visto na telona. Pra quem não viu, em lugar nenhum, vão as dicas.
O primeiro é "Paradise Now", um drama dirigido e roteirizado por Hany Abu-Assady. Foi indicado ao Oscar e ganhou prêmios em vários festivais, como o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro e o European Film Award de Melhor Roteiro. É a história de dois palestinos recrutados para serem homens-bombas em um atentado contra Israel. O mais bacana é a visão humana que o diretor dá aos suicidas, pois o filme mostra justamente como é a vida de dois palestinos antes de morrerem por bombas presas ao corpo . Provoca a discussão sobre os motivos que levam as pessoas a promoverem estes atentados, nos faz pensar sobre a legitimidade deste tipo de missão e o quanto as pessoas envolvidas nestas situações, muitas das vezes, são vítimas também. Outra peculiaridade que me agrada neste filme são os diálogos, que em muitas ocasiões são somente o silêncio. Aliás, o filme é todo peculiar e por isso vale a pena ser visto!
O segundo, pra mim, é uma obra de arte. Se chama "Clube da Lua", de Juan José Campanella, o mesmo diretor de "O Filho da Noiva". O filme volta ao passado e narra a história dos dias de glória de um clube de dança em Buenos Aires da década de 40. Porém, em 1990, o clube encontra-se decadente e ameaçado de fechar as portas. A questão se agrava quando, à beira da falência, fundadores e descendentes tentam evitar com que o clube se transforme em um cassino. É uma obra de arte pela simplicidade com que é contado e mostrado tudo. Os personagens e seus dramas, romances, infidelidades, compaixões. O cenário é ótimo, fotografia simples mas de um capricho só! Um filme cheio de simplicidades ímpares!
Não vou contar mais sobre os dois, até porque a intenção aqui não foi de desvendar nenhum enigma e sim compartilhar duas boas experiências com a telinha. Espero que assistam e gostem (quem ainda nao gostou!).
O primeiro é "Paradise Now", um drama dirigido e roteirizado por Hany Abu-Assady. Foi indicado ao Oscar e ganhou prêmios em vários festivais, como o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro e o European Film Award de Melhor Roteiro. É a história de dois palestinos recrutados para serem homens-bombas em um atentado contra Israel. O mais bacana é a visão humana que o diretor dá aos suicidas, pois o filme mostra justamente como é a vida de dois palestinos antes de morrerem por bombas presas ao corpo . Provoca a discussão sobre os motivos que levam as pessoas a promoverem estes atentados, nos faz pensar sobre a legitimidade deste tipo de missão e o quanto as pessoas envolvidas nestas situações, muitas das vezes, são vítimas também. Outra peculiaridade que me agrada neste filme são os diálogos, que em muitas ocasiões são somente o silêncio. Aliás, o filme é todo peculiar e por isso vale a pena ser visto!
O segundo, pra mim, é uma obra de arte. Se chama "Clube da Lua", de Juan José Campanella, o mesmo diretor de "O Filho da Noiva". O filme volta ao passado e narra a história dos dias de glória de um clube de dança em Buenos Aires da década de 40. Porém, em 1990, o clube encontra-se decadente e ameaçado de fechar as portas. A questão se agrava quando, à beira da falência, fundadores e descendentes tentam evitar com que o clube se transforme em um cassino. É uma obra de arte pela simplicidade com que é contado e mostrado tudo. Os personagens e seus dramas, romances, infidelidades, compaixões. O cenário é ótimo, fotografia simples mas de um capricho só! Um filme cheio de simplicidades ímpares!
Não vou contar mais sobre os dois, até porque a intenção aqui não foi de desvendar nenhum enigma e sim compartilhar duas boas experiências com a telinha. Espero que assistam e gostem (quem ainda nao gostou!).
8 de jan. de 2007
O que será isso aí atrás?
A discussao é bem ampla, de interesses e opiniões diversas e que vão de simples civis à empresarios, publicitários, paisagistas e vários outros interessados na polêmica. Estou falando da lei promulgada em Sao Paulo que proibe Outdoors e painéis eletrônicos na cidade.
A lei foi aprovada em setembro de 2006 pela Camara Municipal e entrou em vigor no 1º dia deste ano. Ela prevê a extinsão de outdoors e painéis eletrônicos em todo o município.
A situação é delicada e tem gerado controvérsias mesmo dentro das próprias classes. Há publicitários que aprovam a eliminaçao deste tipo de mídia tanto pela má utilizaçao quanto pela sujeira visual que elas causam no município. Além de acreditarem que com a proibição dos outdoors, as agencias e empresas terão que criar outros meios de propagar suas mensagens, o que pode ser interessante para a renovaçao das opçoes publicitarias. Claro que muitos discordam e vão perder dinheiro (alguns muito dinheiro!) com a operação de limpeza. Também há contrariedade entre os paisagistas, ambientalistas, mas no geral sao a favor da lei.
Bem, não estou aqui para resolver o problema e acabar com a discussão, mas vou divagar sobre a questão.
Entendendo o estado em que chegou a utilizaçao destas mídias, as irregularidades, clandestinidade e desrespeito às vistas dos paulistanos, sou a favor. Confesso que, além de achar que chegou a um ponto insuportável de poluiçao, estou curioso para ver o que há por trás de tantos retângulos. É claro que muitas empresas vao pagar pelos erros e espertezas de outras. Mas eu também pagaria se tivesse a grana para ver tudo zerinho.
Tive esta curiosidade observando outdoors daqui e imaginando como é o mundo lá atrás. Uma cidade nova como Goiania me atiça a curiosidade, imagine São Paulo, com histórias antigas mas encobertas por tantos paredões. Acho que esta curiosidade é culpa do excesso, que aliás é o culpado quase sempre, em tudo. A curiosidade é a de saber como seria a cidade por trás de tanta tinta? Acho que para os curiosos, pode ter muita história escondia.
Se ao menos deixassem uma brechinha para darmos aquela espiadinha (Fala aí Bial).
Por fim, nao quero ficar arbitrando sobre o tema, até porque nao sou nenhum perito, mas acredito que a soluçao foi bem vinda e que nao seja definitiva, nem tão boa assim. Muita gente se indigna com a proibiçao mas eu nao penso em outra soluçao que nao seja esta. A fiscalizaçao nao deu conta do recado, e pensando na cidade de São Paulo, um recado epopéico. Claro que o Estado tem sua parcela de culpa por nao ter feito a tarefa direito, afinal uma medida como esta gera problemas graves como o do desemprego e falência de empresas, sem falarmos de muitos outros consequentes desta determinação.
Mas é como eu já disse, em um meio como este, onde a criatividade é o combustível, nao vão faltar opções para fazer brotar outra árvore para as verdinhas crescerem.
A lei foi aprovada em setembro de 2006 pela Camara Municipal e entrou em vigor no 1º dia deste ano. Ela prevê a extinsão de outdoors e painéis eletrônicos em todo o município.
A situação é delicada e tem gerado controvérsias mesmo dentro das próprias classes. Há publicitários que aprovam a eliminaçao deste tipo de mídia tanto pela má utilizaçao quanto pela sujeira visual que elas causam no município. Além de acreditarem que com a proibição dos outdoors, as agencias e empresas terão que criar outros meios de propagar suas mensagens, o que pode ser interessante para a renovaçao das opçoes publicitarias. Claro que muitos discordam e vão perder dinheiro (alguns muito dinheiro!) com a operação de limpeza. Também há contrariedade entre os paisagistas, ambientalistas, mas no geral sao a favor da lei.
Bem, não estou aqui para resolver o problema e acabar com a discussão, mas vou divagar sobre a questão.
Entendendo o estado em que chegou a utilizaçao destas mídias, as irregularidades, clandestinidade e desrespeito às vistas dos paulistanos, sou a favor. Confesso que, além de achar que chegou a um ponto insuportável de poluiçao, estou curioso para ver o que há por trás de tantos retângulos. É claro que muitas empresas vao pagar pelos erros e espertezas de outras. Mas eu também pagaria se tivesse a grana para ver tudo zerinho.
Tive esta curiosidade observando outdoors daqui e imaginando como é o mundo lá atrás. Uma cidade nova como Goiania me atiça a curiosidade, imagine São Paulo, com histórias antigas mas encobertas por tantos paredões. Acho que esta curiosidade é culpa do excesso, que aliás é o culpado quase sempre, em tudo. A curiosidade é a de saber como seria a cidade por trás de tanta tinta? Acho que para os curiosos, pode ter muita história escondia.
Se ao menos deixassem uma brechinha para darmos aquela espiadinha (Fala aí Bial).
Por fim, nao quero ficar arbitrando sobre o tema, até porque nao sou nenhum perito, mas acredito que a soluçao foi bem vinda e que nao seja definitiva, nem tão boa assim. Muita gente se indigna com a proibiçao mas eu nao penso em outra soluçao que nao seja esta. A fiscalizaçao nao deu conta do recado, e pensando na cidade de São Paulo, um recado epopéico. Claro que o Estado tem sua parcela de culpa por nao ter feito a tarefa direito, afinal uma medida como esta gera problemas graves como o do desemprego e falência de empresas, sem falarmos de muitos outros consequentes desta determinação.
Mas é como eu já disse, em um meio como este, onde a criatividade é o combustível, nao vão faltar opções para fazer brotar outra árvore para as verdinhas crescerem.
4 de jan. de 2007
E agora? Mataram um culpado
Depois de um julgamento armado às pressas, mais rápido veio o cumprimento da sentença, que foi a pena de morte por enforcamento ao impiedoso Saddam Hussein.
Seria óbvio analisar que tudo, arranjado assim tão depressa, não passasse de uma armação. O julgamento, a condenaçao, outros fatos antecedentes e posteriores consequências como a gravaçao do enforcamento do ditador. Acho que tenho certeza que foi uma grande e inconsequente armaçao. Mesmo com muitas dúvidas, me entende?
Logo me veio a incerteza de até onde vai a armação.
Teria sido arranjado somente o julgamento? o julgamento e a pena? o julgamento, a pena, o cumprimento da pena... a execuçao tao rapida... o video... a divulgaçao do video... os protestos de xiitas e discussoes dos soldados durante a execuçao... eu nao sei ate onde pode ser verdade e farsa.
Se vai até a condenação, as consequencias foram desastrosas. Creio que neste caso tenha se perdido o rumo de tudo e na ansia de se resolver logo o caso, tenha terminado assim.
Mas se foi mesmo tudo armado creio que uma das possiveis intençoes é de se criar uma imagem danada de ruim daquele povo, para talvez tentar justificar a insistente permanencia dos americanos no Iraque, para nao falar dos interesses por aquela terra tao ardida.
São possiveis interpretaçoes que deixam claro como é dificil de entender esta situaçao tao complicada e de tanta interferencia que vive hoje o Iraque.
Para mim, é como se estivessem jogando forca e errando todos os palpites de propósito para colocar o bonequinho no laço!
Seria óbvio analisar que tudo, arranjado assim tão depressa, não passasse de uma armação. O julgamento, a condenaçao, outros fatos antecedentes e posteriores consequências como a gravaçao do enforcamento do ditador. Acho que tenho certeza que foi uma grande e inconsequente armaçao. Mesmo com muitas dúvidas, me entende?
Logo me veio a incerteza de até onde vai a armação.
Teria sido arranjado somente o julgamento? o julgamento e a pena? o julgamento, a pena, o cumprimento da pena... a execuçao tao rapida... o video... a divulgaçao do video... os protestos de xiitas e discussoes dos soldados durante a execuçao... eu nao sei ate onde pode ser verdade e farsa.
Se vai até a condenação, as consequencias foram desastrosas. Creio que neste caso tenha se perdido o rumo de tudo e na ansia de se resolver logo o caso, tenha terminado assim.
Mas se foi mesmo tudo armado creio que uma das possiveis intençoes é de se criar uma imagem danada de ruim daquele povo, para talvez tentar justificar a insistente permanencia dos americanos no Iraque, para nao falar dos interesses por aquela terra tao ardida.
São possiveis interpretaçoes que deixam claro como é dificil de entender esta situaçao tao complicada e de tanta interferencia que vive hoje o Iraque.
Para mim, é como se estivessem jogando forca e errando todos os palpites de propósito para colocar o bonequinho no laço!
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