3 de dez. de 2009
Síndrome de Dálmata
Está rolando na cidade
Um trote meio esquisito.
Um tal de Benedito,
Com voz de quem tem meia idade,
Liga pro desconhecido
E diz em tom meio alarido,
E também de ostentação,
Que ele foi premiado
E vai ganhar mais de um milhão.
Mas que pra receber o prêmio,
Tem de fazer uma doação
Em notas muito bem vivas
Pra certa instituição
Que cuida de criancinhas
Que tem Sìndrome de Dálmata.
Pois que asse a batata
Mas não culpem um nem outro.
Nada é mais dolorido
Que não ter muita ação
Diante do acontecido.
Quem tenta ganhar dinheiro
Às custas do povo pobre
E com tanta ignorância,
Muito rico que não é.
Sei também que não é nobre
Acreditar por inteiro,
Assim, da cabeça aos pés,
Nesse trote derradeiro.
Não é um caso corriqueiro,
Mas isso muito me dói.
Pois só consigo enxergar a solução,
Se na visão de quem constrói nosso futuro,
Estiver bem empregada
A palavra educação.
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