Um dia, passou por mim um amor. Não tinha pretensão de ser.
Não veio preparado pra acontecer. Não deu pinta, não deu pista. E eu só fui
saber quando passou. Eu tinha aquela ilusão poética que amor tinha que ser
eterno, por mais que tivesse fim. Nessa visão, o amor perdura. O amor seria a
parte metafísica, onde a matéria se despede, mas deixa essa sensação suspensa à
nossa volta, na atmosfera. Talvez porque seja tão essencial como o ar que
respiro. A gente realmente precisa de amor. Mas se o amor é ar, também é gente.
Daí, que o amor passou ligeiro. E as consequências foram graves. Eu fiquei desamorado
de repente. E a poesia, naquela hora, ficou desmoralizada.
9 comentários:
Perfeito!!
poesia desmoralizada pode ser terreno fértil, hein?!
:)
Lindos teus posts. Utilizei-me de um em meu blog, devidamente lhe dado o crédito! Adorei tudo aqui! Parabéns!
volto aqui , e mais lindo de sentir , pra que bagagem se o que queremos e o aqui, desmoralizada que nada tudo perfeito de sentir , ainda te sinto aqui, beijos.realmente tudo aqui é fértil.
adoro quando você escreve assim, "bastante". hahaha
Caramba, muito bom.
Não carregam bagagem mesmo..
Muito bom isso aqui! =)
Um amor desses passou por aqui...
;)
Obrigado pela leitura, meus queridos.
Estejam sempre por perto.
:)
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