O que será que vem depois do amor? Foi o que se perguntou
depois do último amor que teve. Aliás, teve vários amores na vida, mas nenhum
pra chamar de “o grande amor”. No entanto, depois desse, começou a se
perguntar: o que será que vem depois do amor? Depois de amar bastante, até não
mais caber, até passar do limite, o que será que vem? Será que existe vida além
do amor? Se existe, que vida é essa? Se não, como se chamaria esse
sentimento? Seria um sentimento? Ou um lugar? Seria nada? As dúvidas começaram a ocupar seu
pensamento e enchê-la de incertezas, ao mesmo tempo em que se enchia de
vontades. E quis amar até não mais amar (ou amar além). E amou.
Começou como sempre fazia, gostando, mas logo amou em demasia. E o amor, que no começo era uma coisa meio desajeitada, meio sem motivos, passou a ser natural. E, naturalmente, foi amando sempre mais. Amou bastante. Amou como nunca havia imaginado poder amar. Amou e também foi amada. Foi amada por uma pessoa que jamais pensou poder amá-la: si própria. E descobriu que não conseguiria mais viver sem esse amor. Ela era o grande amor de sua própria vida. Sentiu-se amada como nunca. Foi tanto amor e reciprocidade que um dia ultrapassou o limite, sem perceber, sem se lembrar de querer. E esse dia, o último do amor, foi o primeiro de um anjo.
Começou como sempre fazia, gostando, mas logo amou em demasia. E o amor, que no começo era uma coisa meio desajeitada, meio sem motivos, passou a ser natural. E, naturalmente, foi amando sempre mais. Amou bastante. Amou como nunca havia imaginado poder amar. Amou e também foi amada. Foi amada por uma pessoa que jamais pensou poder amá-la: si própria. E descobriu que não conseguiria mais viver sem esse amor. Ela era o grande amor de sua própria vida. Sentiu-se amada como nunca. Foi tanto amor e reciprocidade que um dia ultrapassou o limite, sem perceber, sem se lembrar de querer. E esse dia, o último do amor, foi o primeiro de um anjo.
7 comentários:
Nossa! Gostei, ficou intenso. E o que veio depois do amor?
Beijo!
De imediato me veio em mente a cena final daquele filme "Apenas o fim" - que eu SUPER amo, super assisti mil vezes e SUPER indico - quando a Adriana diz para o Antônio: Você não precisa ficar assim. Isso é só o fim. O que realmente importa já foi feito, a gente já teve nossos momentos especiais. E é isso que importa no fim: ter alguma coisa pra lembrar, alguma coisa pra nunca esquecer, alguma coisa que não tem fim.
Muito lindo teu blog!
Beijo!
Você é bom com "poucas" e "muitas" palavras!
o amor... e a morte... tão próximos!
Alice, ainda não vi esse filme, mas agora irei atrás.
Obrigado pelo carinho de vcs.
É com carinho que escrevo tb.
quem nao consegue se amar, nao consegue amar ninguem. simples assim!
Lucas, parabéns pelo texto! Mais do que palavras lindas, elas são inquietantes...
Mas estou ainda mais confusa sobre esta história de amor próprio... porque o que a gente faz com o vazio deixado por um amor que se foi? Preenche com o amor próprio? Como, se de um lado da cama falta um, se os pratos são sempre para dois nos restaurantes, se quando vc ganha um ingresso qualquer é p vc e p o acompanhante... essas e outras que é mais fácil fazer em "combo"...
Pode ser que "amor próprio" seja uma boa desculpa para pensarmos que não estamos sozinhos...
Talvez, não estejamos mesmo... talvez, talvez...
De qualquer forma, linda a publicação! Parabéns!
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