Nessa cidade,
Eu me sinto um sem nome.
Me pesa a idade
Vivo no "acorda e come".
Vida sem graça, tão pouca.
Vida escaça, vida rouca.
Que pena da vida.
Vida louca.
Meu rosto velho,
Quase sem expressão,
Ainda espera da vida
Uma outra saída.
Também, dessa vida,
Eu não tenho medo.
Bobagem.
Temia deixar a vida mais cedo.
Hoje eu vejo que o medo (o meu medo)
É a única porta da coragem.
2 comentários:
Bem bom.
O melhor de seguir uma história, linha por linha, é seguir sempre em frente, sem perder a graça.
Perde-se o fôlego, ganha-se cor, mas acompanha-se sempre, a graça.
Gostei.
O medo é sempre a porta da coragem?
beijo
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