2 de jun. de 2007

Todos os sentidos

















Fico cego de amor se não vejo,
E escuto tudo que não devia.
O coração sente tanto
Com as coisas bobas que eu não sabia.

Daí, quando vejo me finjo de surdo.
Porém eu já sei que no mundo não há
Som mais profundo que o grito mudo
Daquele silêncio antes de me deitar.

Minhas mãos ficam quentes
Quando sinto chegando aquele cheirinho.
Velho conhecido, que renova a vontade,
Transborda o sorriso carente daquele beijinho.

É que paixão não tem muito sentido.
Às vezes é bom, noutras fico perdido.
Melhor é estar envolvido,
Da ponta do dedo do pé ao canto do pé-do-ouvido.