23 de mar. de 2008

Dono da Noite











É quando me deito pro sono
Que acordo pra vida.
Em meu sono eu sou dono.

E a porta do sonho se abre.
Sem pranto...
Sem tantos e tantos outros donos.

Só eu que mando e desmando.
Eu Vôo e caio.
Como n'um desenho, levanto.

Espanto as más linguas,
Me encanto com as boas.
Não me desencanto.

Só canto e canto as sereias,
As bonitas e as feias.
É sonho, eu mando e desmando.

E só quando se acaba
Que o meu mando deságua na cama
E não volta.

Amanhã, se a chuva chegar,
Vou me deitar logo cedo
E mandar, e mandar e mandar...

8 de mar. de 2008

O meu Dó-Ré-Mí-Fá



Faço um Ré.
Ela: 'tem dó'.
Faço um Fá.
Ela, lá longe.

'Vou compor...'
Ela nao deixa.
Me descomponho
Em si.

Dou o tom,
Vou de Mi.
Ela: 'me esquece!'
Vou dormir pensando em sol amanhã.