18 de dez. de 2007

O (Ré)encontro

- Pablo!
- Ernandes! Que surpresa!
- Eu que o diga, há quanto tempo! desde...
- O fiasco do nosso primeiro show, lembra?
- Claro que lembro. Fracasso total (risos)
- Quando o Sol Ficou Com o Dó!
- Nossa única música... (risos)
- Coisa do pirado do Franci... que música, ahm?
- Coisa minha!
- Sua o quê?
- A música é minha.
- Conversa...
- Sério!
- A gente também era moleque, não sabia de nada...
- É, é passado! e você, largou a música?
- Nada, pelo contrário. Eu pensei em largar mesmo mas meu destino estava traçado e quem sou eu para querer mudá-lo, nao é? (risos)
- Claro, você tocava muito bem.
- Gentileza sua! Mas hoje tenho minha banda, se chama Sound System Off. Já estamos no segundo álbum, fazendo alguns shows... indo bem! e você, o que está fazendo?
- Você não vai acreditar a coincidência. Larguei a engenharia semestre passado e estou estudando para entrar na Faculdade de Música.
- Ah... então você vai insistir...
- A gente nasceu pra isso, Pablo! é o destino. Lembra como a gente se divertia?
- E aquela brincadeira que a gente fazia? eu tocava uma nota e você tentava adivinhar... Você nunca acertava (risos).
- A gente se divertia, né? Hoje são outros tempos, eu melhorei, a coisa ficou mais séria.
- Sei...
- A gente amadurece, aprende com os erros...
- Aham...
- Eu também formei uma banda!
- Que maneiro, Ernandes! qual é o nome? Inimigos...?
- Nós ainda não conseguimos chegar a um acordo, mas está saindo, está saindo...
- Ah tá... e os shows?
- Logo logo, Pablo, logo logo... a gente ainda não tem baterista e meu violão está sem cordas, mas em breve vamos fazer barulho, oh yee!
- Ô! se vão...
- A gente podia se encontrar depois pra fazer um som e pá...
- É, vamos sim, um dia desse...
- Você não está botando muita fé que eu melhorei, né Pablo?
- Não, não é isso, é que estou atrasado... tenho um ensaio agora, nós vamos abrir o show do Rappa lá em Sampa mês que vem, pira! e a galera já deve estar lá no estúdio me esperando.
- Pô, que maneiro! eu vou lá com você, estou à toa mesmo...
- Não sei... o estúdio é pequeno...
- Eu não me importo, Pablo, vamos!

...

- Pablo! toca uma nota aí pra eu adivinhar... deixa eu te mostrar que melhorei.
- Pô, Ernandes! espera a música acabar...
- Quem trouxe esse pentelho? (alguém gritou do fundo)
- Foi mal moçada, foi mal... continua que está massa, vai!

...

- Agora, Pablo! pode mandar qualquer uma.
- Tá bem, Ernandes, aí você deixa a gente ensaiar. Lá vai... (TOM TOM TOM) Qual é?
- Fá!
- De novo, Ernandes, presta atenção! (TOM TOM TOM)
- Sol!
- É Lá, Ernandes, Lá!
- Pô Pablo, é essa sua guitarra desafinada...
- Lá fora, Ernandes! Lá fora!

8 de dez. de 2007

A Culpa é da Antítese ou O Fim da Democracia

- e deus, eim?
- o que tem deus a ver com o corinthians?
- aquele tanto de gente rezando... é rezando ou orando?
- no caso, os dois.
- então...
- ele é onipresente.
- quem?
- deus, pô! é onipresente, estava em todo lugar.
- mas então... deus é onipresente e perfeito. Ele deveria ter sido mais democrático. Era a maior torcida do Brasil.
- é!
- viu, até você concorda.
- não, não era! É a maior torcida do Brasil.
- sério, onde estava deus naquela hora?
- deus é onipresente. Estava em todo lugar.
- então foi o diabo, só pode! O diabo é onipresente?
- pô, sei lá! mas o Goiás ficou.
- Foi o diabo!

7 de dez. de 2007

A prova

- Professora, eu preciso que a senhora me libere mais cedo hoje.
- Porque?
- Não estou passando bem.
- E o quê você tem?
- Pirirí!
- Alô?
- Não professora, eu disse que estou com pirirí. Diarréia.
- Vai cagar!
- Poxa professora, o que eu disse?
- Está liberado, foi o que eu quis dizer.
- Ah!
- Me traga um atestado na próxima aula.
- Mas é que eu não vou ao médico, eu só preciso ir pra casa... e rápido.
- Mas eu preciso de um comprovante, um atestato...
- Está bem, professora. Na próxima aula lhe trago minha cueca!