27 de mar. de 2012

Necesserie



Um dia, passou por mim um amor. Não tinha pretensão de ser. Não veio preparado pra acontecer. Não deu pinta, não deu pista. E eu só fui saber quando passou. Eu tinha aquela ilusão poética que amor tinha que ser eterno, por mais que tivesse fim. Nessa visão, o amor perdura. O amor seria a parte metafísica, onde a matéria se despede, mas deixa essa sensação suspensa à nossa volta, na atmosfera. Talvez porque seja tão essencial como o ar que respiro. A gente realmente precisa de amor. Mas se o amor é ar, também é gente. Daí, que o amor passou ligeiro. E as consequências foram graves. Eu fiquei desamorado de repente. E a poesia, naquela hora, ficou desmoralizada. 


9 comentários:

Sandra Nascimento disse...

Perfeito!!

Juliana Kalid disse...

poesia desmoralizada pode ser terreno fértil, hein?!

:)

Débora Aquino disse...

Lindos teus posts. Utilizei-me de um em meu blog, devidamente lhe dado o crédito! Adorei tudo aqui! Parabéns!

Anônimo disse...

volto aqui , e mais lindo de sentir , pra que bagagem se o que queremos e o aqui, desmoralizada que nada tudo perfeito de sentir , ainda te sinto aqui, beijos.realmente tudo aqui é fértil.

laíscarvalho disse...

adoro quando você escreve assim, "bastante". hahaha

Ana Maria Cordeiro disse...

Caramba, muito bom.

Maíra Souza disse...

Não carregam bagagem mesmo..
Muito bom isso aqui! =)

Alice disse...

Um amor desses passou por aqui...

Lucão disse...

;)
Obrigado pela leitura, meus queridos.

Estejam sempre por perto.
:)